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Abramos nossas bíblias em Mateus capítulo 26 Mateus capítulo 26 versículos 44 a 54 e o nosso tema será a prisão de Jesus na verdade a prisão de Jesus é a ocasião que nós vamos estudar, mas nós vamos aprender muito mais do que apenas o modo como Jesus foi preso. Na verdade, há lições bastante desafiadoras para a igreja, para o nosso dia a dia, para o nosso relacionamento, seja com crentes, seja com incrédulos, através do exemplo de Jesus, quando foi preso. Quando eu vejo textos como esse, em que Jesus exemplifica como ninguém, o modo como o cristão deve proceder, eu sempre me lembro dos dizeres de Paulo, sejam imitadores meus como eu sou de Cristo. É claro que ele se apresenta como um modelo a ser imitado, porque os irmãos o conheciam, notavam visualmente o seu exemplo. Mas ele mostra quem eles estavam imitando e seguindo de fato, que era o Senhor Jesus Cristo. O Senhor Jesus, o nosso Deus, o nosso Salvador, é aquele que nós devemos imitar em tudo. É aquele que nos dá o parâmetro a ser seguido por aqueles que são seus. É aquele cujo caráter deve ser imitado. E hoje, Lembrando que na semana passada nós vimos um texto que também demonstra exemplos de Jesus a serem seguidos, hoje nós vamos ver uma área específica desses exemplos. todos eles demonstrados no momento da prisão de Jesus e basta você tentar se colocar na situação em que Jesus esteve pra você ver como às vezes as nossas reações os nossos conceitos o nosso modo de reagir às circunstâncias está extremamente distante do modelo de vida cristã pra nós que é o Senhor Jesus. Então vamos ler esse texto juntos? Mateus 26, 44 a 54, texto que diz assim, tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo, meu pai, se não é possível passar de mim esse cálice sem que eu o beba, faça-se à sua vontade. E voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados. deixando-os novamente foi orar pela terceira vez repetindo as mesmas palavras então voltou para os discípulos e lhes disse ainda dormis e repousais eis que a chegada hora e o filho do homem está sendo entregue na mão de pecadores levantai-vos vamos eis que o traidor se aproxima Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande turba, com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal, aquele a quem eu beijar é este, prendeio. E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse, salve, mestre, e o beijou. Jesus, porém, lhe disse, amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam. Eis que um dos que estavam com Jesus estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. Então Jesus lhe disse, embainha tua espada, pois todos os que lançam mão da espada, a espada perecerão. Acaso pensas que não posso rogar a meu pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? Como pois se cumpririam as escrituras, segundo as quais assim deve suceder? Os irmãos que acompanharam a leitura nas suas bíblias viram que o texto começa bem antes do que lemos e termina depois do que lemos. É um texto longo, mas eu selecionei apenas o miolinho dele para que selecionando o principal das atitudes de Jesus nós vejamos nele um exemplo de benignidade e paciência, de modo que a mensagem central, veja lá, é que Jesus é a exemplificação perfeita de um caráter benigno e paciente. Se nós na semana passada mostramos que Jesus é o nosso exemplo de vida cristã, hoje nós vamos olhar uma área na vida dele que deve ser um exemplo especial na nossa vida que é o seu caráter benigno e paciente em primeiro lugar precisamos entender o que é benignidade nós quando estudamos a carta aos gálatas e estudamos o fruto do espírito a benignidade e a bondade dois sinônimos estavam presentes e por serem sinônimos Há uma dificuldade de interpretar o sentido daquelas palavras. É claro que numa lista tão importante quanto aquela, Paulo não ia se repetir à toa. Ele não ia citar duas vezes a mesma qualidade como um fruto produzido pelo Espírito Santo. De modo que dá-se a entender que a bondade é uma reação ativa a maltratos. enquanto a benignidade é uma reação passiva. Então o motorista fecha você no meio da rua. Ele faz uma barbeiragem, ultrapassa você num lugar proibido e dá uma fechada em você. A benignidade é o que vai fazer você não responder amargamente, você não meter uma buzina ou você não falar até um palavrão às vezes, que Deus nos livre desse tipo de linguagem. Mas a benignidade é você se conter de ter uma reação intempestiva diante disso. E a bondade é você, ao ter uma oportunidade, fazer o bem àquela pessoa que lhe fez mal. Parece algo impensável, mas quando nós entendemos que isso é um fruto do Espírito Santo, nós podemos esperar a atuação do Senhor e orar por ela. E aqui nós vemos exemplificado, nas atitudes de Jesus, seu caráter benigno e paciente, coisa que a igreja realmente precisa. Então, notem Jesus, como ele vai agir em algumas circunstâncias. E nessa semana se lembre, é assim que eu também devo agir. Nós vamos ver três demonstrações desse caráter de Jesus nesse texto. Três demonstrações que devem ser imitadas por cada um daqueles que já o conheceram por meio da fé. A primeira demonstração é a seguinte, ele submeteu seus impulsos à vontade de Deus. Ele submeteu seus impulsos à vontade de Deus. Um dos grandes desafios do cristão é tratar com seus impulsos. Normalmente, quando nós temos tempo para pensar e quando estamos de cabeça fresca, nós vemos a situação com outros olhos, com uma visão panorâmica e nós sabemos, nós conseguimos enxergar por onde é a saída da situação complicada. Mas quando os impulsos nos chamam, normalmente nós não temos nenhum desses dados. Quando o sentimento, quando o calor da emoção, quando o desespero, quando o nervosismo nos impulsiona, nós normalmente fazemos o que é errado. Mas Jesus é um exemplo de que nós devemos submeter cada um desses impulsos à vontade de Deus. E o primeiro impulso que nós vemos aqui nesse texto é o impulso de querer fugir daquilo que ele vai sofrer. Ele sabia o que ele ia passar. Ele sabia que tipo de morte ele deveria morrer. Vários textos falam a respeito de ensinos de Jesus que prenunciavam o tipo de morte que teria. Lembram quando um texto diz, quando o filho for levantado, levantado como? Jesus já estava anunciando que ele seria levantado na sua morte numa cruz. Assim acontecia com a pessoa, ela era afixada com pregos, com grandes cravos na cruz e era levantada. e lutava com o peso do seu corpo, com os ferimentos, até o ponto de não aguentar mais se levantar para respirar e via de regra acabava morrendo por asfixia. Outros poderiam, talvez numa hipertensão no momento desse, ter um infarto, um derrame, alguma coisa desse tipo, mas o método de execução vislumbrava a asfixia da pessoa e por isso ela era levantada. Jesus já sabia disso, já tinha anunciado isso. Ele já tinha anunciado o motivo pelo qual ele morreria. ele já tinha até mesmo sido consolado e encorajado naquela ocasião da transfiguração naquele monte quando Moisés e Elias aparecem para Jesus e o encorajam, falam sobre a sua morte conforme estudiosos nos alertam Jesus já Ele não tinha nenhuma dúvida do que deveria acontecer com ele, mas o momento estava chegando. Não pensem que porque Jesus era Deus, as chicotadas doeriam menos. o prego faria uma ferida menor ou o sangue correria sem sofrimento Jesus conforme a Bíblia diz assumiu em tudo a nossa humanidade com exceção do pecado quanto ao demais ele era perfeitamente um homem de modo que o que você sofreria nessa crucificação Jesus sofreu e talvez ainda mais mais porque sabia que ele não precisava passar por aquilo, que ele passava pelo pecado dos outros, ele sabia que aquilo não era uma má sorte da vida humana, ele sabia que aquilo era a punição do pecado do homem. Uma carga tremenda, um sofrimento tremendo pra alguém puro e santo que sabia que não precisava passar por isso que sabia de onde veio do trono de glória vamos assim dizer de onde ele sai muito bem diante da visão do que ele passaria chegou a hora dele terminar e ele ora a Deus ele ora a Deus e por várias vezes ele diz Senhor Se não tem outro jeito, passa de mim esse cálice, sem que eu beba dentro. Que cálice é esse? Será que é o mesmo cálice da nova aliança no meu sangue? Será que o que Jesus queria era isso? Se ver livre da atuação como Deus, como Redentor? Ele não queria promover a nova aliança. Ele não queria promover aquilo que sustentaria e daria legitimidade a essa aliança é isto, ele estava desistindo de ser o salvador nem de perto. O cálice que ele diz agora parece fazer referência ao sofrimento que ele tem. Alguns acham que é em relação à morte, outros ao sofrimento que precede a morte. talvez esteja o processo todo Jesus meia hora chegando e falar como eu queria evitar esse sofrimento mas ele contém esse impulso na mesma oração ele diz a Deus Senhor seja antes com tudo feito a sua vontade e ele sabia qual era a sua vontade ele não estava esperando uma resposta pra ver se ele ia ser liberado disso Ele estava voluntariamente fumando para aquela cruz. O que ele estava fazendo nesse momento era contendo o seu impulso. Quando bateu o medo, quando o temor do sofrimento que ele enfrentaria o pegou naquele jardim minutos antes do sofrimento começar. Ele conteve seus impulsos e o colocou debaixo da vontade de Deus. Senhor, meu impulso me manda para aquele lado, mas a sua vontade me guia para o outro lado. Eu quero seguir a sua vontade. Eu não quero me deixar levar pelos impulsos do meu coração. Jeremias ensinou, séculos antes, que o nosso coração consegue ser extremamente enganoso. Por quê? Porque ele é desesperadamente corrupto, de modo que nós não podemos sempre confiar no nosso coração. Os nossos impulsos, o que pede o nosso coração, às vezes é errado. Na verdade, talvez a maioria das vezes. Ele pede uma resposta intempestiva no trânsito, Ele pede uma palavra dura pra quem te atendeu mal no caixa do banco. Ele pede pra você cortar o farol vermelho quando vê que tá demorando. O nosso impulso nos direciona pros caminhos mais absurdos. Mas o crente tem o exemplo de Jesus. de submeter os seus impulsos à vontade do Senhor. O crente deve sempre perguntar o que o Senhor quer? O que seu coração quer? Você já sabe. Mas o que Deus quer? O que o Senhor Jesus faria nesse lugar? E aí nós lemos recentemente aquele livro que diz em seus passos o que faria Jesus. Um livro que nos encoraja a conter os nossos impulsos e os colocar sob a vontade de Deus, sob a direção de Deus, sob a atuação do Espírito Santo no caráter de guia, guia da igreja, guia do Espírito. Aqui, quer imitar o Senhor Jesus, cuidado com seus impulsos, coloque-os sob a vontade do Salvador. Segundo lugar, segundo o exemplo da benignidade e da paciência de Jesus. Ele se conteve de agir bruscamente nos reversos. Talvez essa seja uma das maiores dificuldades, um dos maiores desafios dos frentes. Talvez de todas as pessoas. Note bem a situação de Jesus. ele andava com seus discípulos, ele tinha um grupo menor de doze a quem ele tratava de forma especial e um destes era Judas um destes era alguém que recebeu o carinho, a atenção de Jesus um cem número de vezes com quem Jesus foi paciente a quem Jesus ensinou a quem Jesus direcionou quando ele se desviou. Jesus não tirou Judas para fora do seu grupo quando ele, naquela vez, valorizou mais o dinheiro daquele perfume que foi derramado sobre os pés de Jesus do que da adoração daquela mulher. O materialismo e a cobiça de Judas foi perdoada por Jesus e ele foi mantido no grupo. mesmo que Jesus soubesse que aquele seria o traidor. E agora chegou a noite tal em que Jesus seria traído. Chega-se o momento da ceia e Jesus diz, um aqui é um traidor. Um aqui que come comigo no mesmo prato vai me trair. Aí os discípulos começaram a perguntar, sou eu senhor? Sou eu? E aí Judas pergunta, sou eu? E a resposta é, vai fazer logo, faz de pressa o que você tem para fazer. E o que Judas tinha a fazer era ir aos sacerdotes, receber um pagamento de 30 moedas de pratas e guiar os soldados até onde Jesus estivesse no momento em que a multidão não estivesse presente. Não era de hoje, não era desse dia que os sacerdotes, que os fariseus queriam prender Jesus e matá-lo. Mas não era possível porque a multidão considerava ele um profeta. Outros o consideravam messias. Como é que eles iam prender no meio dessa multidão enquanto Jesus fazia milagres? Enquanto ensinava o que ensinava com autoridade? Haveria linchamento para quem tentasse prendê-lo. Então Judas guia essa turba no escuro até um lugar que ele sabia onde Jesus estaria. Mas era um lugar escuro no meio da noite. Era possível chegar aquela turma, aquele grupo, e não reconhecer qual deles fosse Jesus. Então Judas resolveu esse problema. Eu vou me aproximar deles, e eu que não tenho perigo de me confundir, Talvez vocês levarem presos Pedro achando que é Jesus, eu vou chegar para Jesus e vou dar um beijo nele. Aquele que eu beijar, vocês prendam. Olha só que... Quais as circunstâncias da traição? Não é só trair, é trair nas piores circunstâncias possível. é figuradamente enterrar uma faca no coração de Jesus que acolheu Judas durante todo esse tempo. O que Jesus faz nesse momento? Judas vem, traz essa turba com soldados romanos, acompanhando a guarda do templo, servos do sumo sacerdote, judeus e gentios reunidos, como diz lá em Atos 4, para fazer o que a mão do Senhor tinha pré-determinado. Mas agora, por meio de Judas, a traição ocorria e Judas chega para Jesus e desfere o golpe de morte vem e beija o Senhor no texto diz salve mestre ele tem coragem de chamar Jesus de mestre e dá um beijo como se fosse um amigo o que você faria nesse caso? uma pessoa que você considera amiga vem e te trai desse modo como você reagiria? Eu certamente faria um discurso terrível, principalmente se eu soubesse que isso aconteceria. Eu puxaria do bolso o discurso já preparado e eu diria as palavras mais agudas que eu pudesse. Algumas pessoas nessas horas apelam para a violência, se veem tratados desse modo, fecham a mão. e colocam para fora todo o seu furor de maneira física. Outros, talvez, de uma maneira ainda mais destrutiva, afiam as suas línguas e falam as frases mais mais prejudiciais que conseguem, mais ofensivas que podem, pra quê? Pra derrubar todo mundo. Querem como um jogo de boliche, destruir a todos. Eu talvez, talvez não, com certeza eu faria isso nesse momento. Eu não aguentaria ver um amigo me beijando dizendo, salve mestre, quando eu sei que aquilo significa prendam-no e matem. Você seria diferente? Você seria mais benigno? Você talvez respondesse como Jesus? É pra isso que vieste, amigo? Não sei, talvez a maioria de nós respondesse com bastante rancor. Ainda que se contivesse até um certo ponto, ia fazer tudo que pudesse para destilar um certo veneno e deixar marcada a vida daquele que traísse. Mas olha o que Jesus faz. Jesus diz, amigo, pra que vieste? Alguns estudiosos dizem que o sentido dessa pergunta é mais ou menos, amigo, é pra isto que vieste? Trazendo essa turma, ele demonstra que sabia o que estava acontecendo. Ele demonstra que nada estava oculto diante dele. Mas neste momento ele ainda é benigno. Esta palavra a quem ele a palavra a qual ele dirige a Judas, amigo, não é uma palavra carregada de ódio, mas de benignidade. Por quê? Porque Jesus se conteve de agir bruscamente nos reversos. Era hora dele reunir toda aquela sabedoria, aquele modo de dar aquelas respostas que davam um nó nos fariseus, como naquela vez do tributo, Deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus e volta todo mundo pro templo explicar pro sacerdote com cara de tacho que não puderam prender Jesus porque não acharam nele uma brecha de acusá-lo de um crime. Por que Jesus não fez isso agora? Porque foi o momento dele se conter quando normalmente o homem agiria bruscamente. É fácil essa lição? É fácil seguir esse exemplo? Eu vou dizer que não. Mesmo assim, está lá o exemplo. Está lá o exemplo para ser seguido. Ser de imitadores meus, como eu sou imitador de Cristo. E por fim, a terceira demonstração da benignidade e da paciência do Senhor Jesus. Ele abriu mão de direitos em função do bem maior. Muito bem, bastou Jesus demonstrar que se entregaria de bom grado, que não demonstraria resistência, que não iria espernear, chamar ninguém de traidor e tentar correr ou ficar acusando, Ele ia se entregar de bom grado. Ele foi preso. Para Pedro aquilo foi muito. Se Jesus aguentava isso, Pedro não aguentava mais. Notem como Pedro é o o antítipo do que Cristo é aqui. Ele é exatamente o contrário. Se Jesus é benigno, Pedro é impaciente. Se Jesus é pacífico, Pedro é violento. Ele saca de uma daquelas espadas, era uma espada curta, como os romanos que tinham duas espadas, uma maior e uma menor, dizem os comentaristas que essa era uma espada mais curta, talvez parecida com um facão. um desses facões que nós vemos os trabalhadores aí nas obras, no campo, e ele não teve dúvida, pegou esse facão e atacou Malco, o servo do sumo sacerdote. O fato de ter pego na sua orelha, talvez seja uma indicação de que ele tentou se proteger, talvez Pedro estivesse mirando no meio da cabeça dele e ele tentou desviar, pegou na orelha dele e arrancou fora. Imagine o tamanho do golpe. Jesus surpreendentemente repreende Pedro. Nós não pretendemos nos demorar na lição dada por Jesus a Pedro sobre o uso da espada, mas o modo como Jesus diz que teria recursos para sair dali caso ele quisesse. O versículo 53 diz o seguinte, acaso pensas que não posso rogar ao meu pai e ele me mandaria nesse momento mais de doze legiões de anjos? Jesus olha pra Pedro naquele gesto bem intencionado, mas totalmente fora da vontade de Deus e fala, Pedro, você acha que eu preciso disso? Você não sabe, você não acha, você não tem ideia de que se eu pedir pro meu pai pra ser libertado, ser protegido agora, ele mandaria mais de doze legiões de anjos? Como Jesus usa essa palavra legiões, que certamente era muito conhecida para os romanos, ele pretende citar um número muito grande de anjos. Legião era uma palavra do uso do exército romano para se referir a uma divisão do exército de um número de mais ou menos seis mil soldados. Assim eram divididas as legiões. Imagina doze legiões. Doze legiões são setenta e dois mil soldados. Jesus disse, se eu pedisse agora ao Pai, Ele me enviaria mais de setenta e dois mil anjos. Ele invadiria esta Jerusalém. A casa ia cair aqui. E eu não cairia na mão de ninguém. Eu poderia fazer isso? Sabe por que que eu não estou fazendo? Sabe por que que eu, tendo esse direito, não lanço mão dele? A resposta está no versículo 54. Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder? Do que Jesus estava falando? Estava falando da sua morte. Ele, não se deixe enganar, pelo conflito que Jesus teve naquele momento no Getsemane. Ele de modo algum desistiu disso. E ele sabia há muito tempo do que deveria fazer. Quando ele estava na glória, ele se voluntariou a encarnar e morrer por nós. Tudo nas escrituras apontam para aquele momento. Os profetas falaram daquele momento. Deus, lá no começo, falando a Adão e a Eva, prenunciou que aquele que era representado ali na forma de uma serpente seria inimigo do descendente da mulher. E a serpente feriria o calcanhar do descendente da mulher enquanto esse descendente esmagasse a sua cabeça. Alguns olham para isso e veem algo que chamam de Proto-Evangelho. A primeira luz do Evangelho dado por Deus. Deus anunciando, ainda que em meio aos mistérios do que Ele ainda solucionaria no futuro, do que Ele ainda revelaria no futuro, uma luz, um rascunho do anúncio de que Jesus seria o libertador da humanidade. Que esmagaria, que venceria a morte, venceria Satanás, venceria o pecado. quando tivesse seu calcanhar mordido. Talvez uma referência à crucificação de Jesus. Uma bela dentada no calcanhar de Jesus. Talvez os demônios tenham vibrado nesse momento. Até que enfim tivemos uma chance de dar o que queríamos. a esse Deus a quem não servimos e adoramos. Mas nesse momento diz a carta aos Colossenses que nós temos estudado nas terças-feiras. Jesus na cruz triunfou, venceu os principados e protestados. É disso que diz as escrituras, não só dessa morte, mas do meio como ele deveria morrer. O que Isaías diz sobre o servo do Senhor que viria? Que ele seria traspassado pelas nossas transgressões. Jesus foi traspassado pelas nossas transgressões? Ele foi perfurado por pregos? Ele foi perfurado por uma lança para verificarem se ele já estava morto ou não? E isso foi por quê? Porque, ah, não entenderam ele. Até Jesus morreu, não foi compreendido. Não, porque ele veio para isso. Isso aconteceu pelas nossas transgressões. Isaías continua dizendo, o castigo que nos traz a paz, ou seja, nós que agora temos paz com Deus, é porque Cristo foi castigado. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele. Pelas suas pisaduras nós fomos sarados. O texto que anuncia a morte de Jesus, o sofrimento dele, também anuncia a nossa libertação do pecado, a retirada da enfermidade do pecado na nossa vida, da condenação que nós tínhamos, da imputação do pecado que nós temos desde o Jardim do Éden. nós nem estávamos perto de existir e nós já tínhamos sido condenados lá naquele jardim quando Adão pecou. Assim diz Romanos 5,12 diz que quando esse homem pecou o pecado passou a toda a humanidade por meio do pecado a morte. Nós já nascemos mortos para Deus por causa daquele pecado. Essa condenação teve seu fim naquela cruz. Então Jesus diz, Pedro, como que tudo isso vai acontecer se eu agora lançar mão do direito que eu tenho de clamar a Deus por socorro? Qual era o pecado pelo qual Jesus deveria morrer? Algum nele? O que que ele fez de errado para ser condenado? Eu não estou nem dizendo eu ser condenado como um criminoso, mas para sofrer o efeito do pecado à morte. Qual era o pecado de Jesus, por pequeno que fosse? Nenhum. Qual era o maior direito que Jesus tinha? De ser honrado como Deus. de ser adorado e de exercer justiça sobre tantos quanto não crescem nele e fossem seus inimigos. Jesus tinha todo o direito e fazia muito mais sentido se levarmos pelo lado racional. Ele dar uma ordem naquele jardim e não só morrerem todos aqueles homens, mas toda Jerusalém, todo Israel e todo o planeta. Esse era o direito de Jesus. Mas como ele lidou com seus direitos? Ele lidou com o amor, com a paciência, com a benignidade. Ele pensou, se eu lançar a mão desse direito, como eu vou salvá-los? E aí pra isso ele teve que se perguntar, e pra que eu vou salvá-los? Qual é o merecimento deles? E por que então ele ia salvá-los? Porque os amou. Porque foi paciente conosco. Porque foi benigno conosco. Porque resolveu nos dar o que nós não merecemos nem de perto. Então ele abriu mão dos seus direitos. Isso vem desde lá da sua encarnação. Quando Filipenses diz que Jesus se esvaziou assumindo a forma de um servo. Ele abriu mão de exercer plenamente esses direitos de ser glorificado e veio para servir e não para ser servido. E dentro da forma humana, ele não só foi um servo, mas foi obediente até a morte. E não qualquer morte, a Bíblia diz morte de cruz. Ele foi paciente e benigno com cada uma dessas etapas, com cada um que o maltratou, com cada um que demonstrando o que o homem não merecia, deu a ele exatamente o oposto do que ele tinha o direito de receber. E ele foi benigno, paciente, nos amou e não deixou que os seus direitos fizessem ele abrir mão do bem que ele veio promover. E o bem que ele veio promover é a nossa salvação, a nossa reunião com ele, o nosso perdão de pecados, a nossa habitação futura e eterna com ele. Ele olhou pra isso tudo e disse, vale a pena abrir mão dos meus direitos. Podem me levar. podem me tratar como um bandido. Podem me tratar, na verdade, como o pior dos bandidos. Eu sei porque eu estou fazendo isso. E nenhum direito que eu tenho vai me dissuadir da tarefa que eu vim fazer. Eu acredito que esse é o ponto em que nós mais temos dificuldades de imitar. Sabe por quê? Porque é difícil conter nossos impulsos Mas ainda que lá no fundo nós sabemos que esses impulsos são errados. Alguém te taca uma pedra, você pega uma pedra e taca de volta. Você sabe que isso é errado. Ainda que haja lógica em se vingar de alguém que fez um mal pra você. Mas você sabe que isso não deve ser feito. Ou quando alguém vem e te trata mal e você quer responder com a melhor das respostas que você tem na mente. E se você não é bom de dar respostas afiadas, você quer fechar a mão e dar um tapau na orelha desse. Você sabe que isso é errado. Você sabe que não é assim que se faz. Entretanto, quando nós temos direito, ou pelo menos achamos que temos direito, isso tudo muda. Opa, eu não tô mexendo com ninguém, mas veio mexer comigo e eu tô quieto. Eu tenho direito a me defender. Agora sim. Agora eu não fiz nada para merecer isso. E ao defender meu direito, eu não estou fazendo nada de errado. Todo homem tem direito de se defender. Tem direito de fazer cumprir a lei. A lei diz isso. O marxo vive de fazer cumprir a lei, fazer cumprir os direitos das pessoas. Entretanto, nós não estamos condenando as pessoas a buscarem o que lhe é devido que é certo. Mas quando elas colocam numa balança o seu direito e um bem maior e deixam prevalecer o que dizem ser seu direito. Enquanto o bem que é até maior que o seu direito fica relegado a um segundo plano. Aqui está o problema. Aqui nós vemos os apóstolos falando mais pra frente. Por que vocês não sofrem o dano pra fazer com que a igreja fique bem? Por quê? Porque algumas pendengas entre os irmãos da igreja estavam sendo levadas num tribunal comum. E aí Paulo fala, olha só o que vocês estão fazendo, nós que havemos de julgar os anjos, nós lemos esse texto hoje de manhã na EBD, nós que havemos de julgar os anjos, temos que ser julgados por homens incrédulos. Será que vocês não sabem julgar essas questões entre vocês, que vão julgar anjos? Vocês têm que levar esse mau testemunho para fora da igreja. Pedir que iníquos digam qual dos crentes tem razão e qual não. Sofram antes o dano, antes de causarem esse prejuízo à causa de Deus. Note bem, não é saber se você pode ou não buscar seu direito, é saber se ao buscar seu direito, você prejudica ou não o restante do corpo de Cristo. Se você atrapalha a pregação do evangelho, o testemunho aos incrédulos, a união do corpo de Cristo, a edificação, o estudo da palavra de Deus, qual é o bem maior que você deixa pra lá e transforma ele em menor quando você lança a mão de usar seus direitos? E aqui nós somos colocados diante talvez de uma das lições mais difíceis da jornada cristã. É fazermos o que Cristo falou que deveremos fazer. Tomar nossa cruz e segui-la. Para que alguém tomava uma cruz se não para morrer? Para os seus desejos, para o seu orgulho, para a sua lógica, para o seu raciocínio, para as suas vontades. que que tomaria uma cruz diariamente se não para levar até o Calvário, até o pé da cruz de Cristo e deixar esses desejos morrerem para serem servos, seguidores de Jesus. Exemplos de Cristo, de paciência e benignidade que nós devemos ter para sermos servos do Senhor. Volta lá Carlos, desde a mensagem central. que diz, Jesus é a exemplificação perfeita de um caráter benigno e paciente. E três áreas, três demonstrações do seu caráter que nós devemos imitar estão, ele submeteu seus impulsos à vontade de Deus. Não era o sangue esquentar e o coração pedir que o fazia agir. Ele parava, orava e pedia que a vontade de Deus sobrepujasse Em segundo lugar, ele se conteve de agir bruscamente nos reversos. Ele parou. O que ele gostaria de falar, ele não falou. Talvez um bom conselho pra essa hora seja, você quer falar algo pra alguém, marque mês que vem pra você falar. No mínimo a semana que vem. Depois que você dormiu três noites, você já não quer mais falar. O pastor Marcos me ensinou isso. Quando você For aí atacado e tiver uma resposta bem dada para apresentar e para arrasar e resolver a situação. Marque para a próxima semana para falar. Se você ainda quiser falar, então... Vai lá e fale, mas se não, se você já mudou de ideia, guarde ela e faça o que é vantajoso para o reino. Contenha-se de agir bruscamente nos revés. Em último, ele abriu mão de direitos em função do bem maior. Nós estamos aqui de passagem, somos peregrinos seguindo por uma cidade que não vai passar nunca. O que nós fazemos agora deve apontar para aquela cidade. Se o que nós fazemos aqui Visa manter nossos direitos naquilo que é passageiro? Esqueça isso. Lute pelo eterno. Leve a sua cruz até o Calvário. Faça o seu orgulho. Faça os seus desejos. Faça a sua ira. Todos eles morrerem naquele lugar. E siga Jesus buscando o bem maior. Então, que aplicações nós vamos tirar para a nossa vida? Como aplicar os exemplos do caráter de Jesus na nossa vida? Essa é a pergunta que nós vamos responder rapidamente com três respostas. A primeira delas, nunca devemos atender rapidamente aos nossos impulsos. Você quer falar alguma coisa? Não fale ainda. Você quer fazer alguma coisa? Espera, não faça ainda. O seu impulso vem de um coração que Jeremias chamou de enganoso e desesperadamente corrupto. Então, dê tempo. Dê tempo. Devemos ter tempo de meditação e oração, a fim de avaliá-los e submetê-los à vontade e à orientação de Deus. A vida cristã não é brincadeira. Não é um brinquedo, não é um Lego, um Playmobil que você taca no canto e se a cabeça do bonequinho sair, você vai lá e põe de novo e se não der, você cola com super bolo. Essa é a igreja do Deus vivo pela qual ele tem zelo. Ele cuida como com ciúmes. Essa é outra tradução da palavra zelo. Ainda que motivos negativos não sejam ligados a esse ciúme, a esse zelo vindo de Deus. Mas ele ama sua igreja com cuidado. E ele cuida dela. Em segundo lugar, Devemos exercitar a amabilidade. É outra tradução para benignidade. É tratar as pessoas de modo amável, mesmo que elas não mereçam. Mesmo quando tudo diga que você tem que dar um tranco naquela hora. Devemos exercitar a amabilidade, mesmo que seja nas mais adversas situações. Uma palavra benigna nunca é mal colocada. Você nunca vai errar ao ser benigno. Nunca. Algumas vezes é necessário uma exortação mais contundente. Mas pra isso é necessário oração, é necessário sabedoria, é necessário um processo que veio antes dele. Mas quando você usa a palavra benigno, você não erra nunca. As palavras benignas foram feitas pra usarmos uns com os outros. Em último lugar, Como aplicar os exemplos do caráter de Jesus na nossa vida? Temos de tirar da cabeça a ideia de que tudo que importa são os direitos que temos a fim de priorizarmos os nossos deveres como membros do corpo. Se o corpo adoecer, sofremos todos. Essa história de trazer para dentro da igreja o código de defesa do consumidor, realmente não está com nada. Não significa ser um crente burro, ser um crente que se deixa pisar, que é capaço dos outros, mas significa que o cristão não está preocupado com seus direitos, mas com seus deveres. Nós vivemos numa era muito triste da igreja, onde as pessoas frequentam as igrejas para serem simplesmente beneficiadas por elas. Meu sogro querendo ir a um cinema, certa vez foi a uma igreja. Ele estava fazendo exames num hospital em São Paulo, e num dia que ele não tinha meu exame, ele sabia onde tinha um cinema. Ele cresceu em São Paulo, falou, vou assistir um filme. Chegou lá e não era mais cinema, era igreja. Aliás, esse foi o destino da maioria dos cinemas em São Paulo. Hoje só tem cinema dentro de shopping, né? Os cinemas da cidade viraram todas igrejas. Ele falou, bom, já que eu estou aqui mesmo, deixa eu ver como funciona isso. E ficou do lado de uma mulher que disse o seguinte pra ele. Eu já estou frequentando aqui há sete dias e ainda não consegui a bênção que eu quero. Você até sabe de eu não receber a bênção, eu vou pra outro lugar que eu ouvi dizer que tem mais poder. Será que é isso que nós temos procurado na igreja? ficar felizes, sermos tratados de modo que nos encha o coração, sair daqui falando, nossa, que maravilha foi hoje ser servido por todos. Ou nós devemos sair daqui com a consciência de que nós fizemos o que deveríamos fazer. De que saímos, às vezes, quebrados pela palavra de Deus. Saímos daqui encucados falando, puxa, como é que eu vou acordar amanhã cedo? Como é que eu vou olhar para o espelho amanhã cedo? Sabendo que eu tenho toda essa luta de pôr tudo isso em prática. Quando é que nós vamos sair daqui com a consciência tranquila de dizer, eu servi os meus irmãos, eu servi a Deus servindo os meus irmãos, servindo a igreja. Muito cuidado com seus direitos, eles existem e nós vivemos num tempo que incentiva o cumprimento dos deveres uns com os outros. E a Bíblia diz que nós devemos respeitar os direitos dos outros, Diz assim, não devamos nada a ninguém a não ser amor. A nossa dívida de amor nunca acaba. O resto nós não devemos dever aos irmãos. Devemos respeitar os direitos deles. Mas nós devemos saber que antes dos nossos direitos estão os direitos do nosso Senhor. Ele é quem tem direito e ao exercer o seu direito ele deu uma diretriz ou muitas diretrizes para a igreja e nós só cumprimos esses direitos de Deus quando obedecemos as suas palavras e tomamos a nossa cruz e seguimos o nosso mestre. Eu vou pedir que a Fabíola venha aqui e ore agora por nós, pedindo que todos esses exemplos da paciência e da benignidade do Senhor sejam cumpridos na nossa vida, mesmo que isso tenha custo, que nós sejamos corajosos, paguemos esse custo. e sejamos bons servos do Senhor, e sejamos um exército unido, um exército que luta todo mundo junto, todo mundo apontando para o mesmo lado, lutando contra o mesmo inimigo, sendo abençoado no mesmo corpo. Orindo, Senhor Deus, que o Senhor nos ajude a cumprir a Sua palavra, Senhor. Sabemos que há muitos mandamentos difíceis, sabemos que a nossa vida é difícil, Senhor, mas que tudo isso seja superado com a Sua ajuda e com a força que vem de Ti. Em todas as nossas falhas, Senhor Deus, que o Senhor nos perdoe e tenha misericórdia de nós, continue nos ensinando, Senhor Deus, e nos corrigindo, que durante essa semana possamos lembrar, Senhor Deus, de todos esses ensinamentos e praticá-los. Muito obrigada, em nome de Jesus. Amém.
A prisão de Jesus
Series Mateus
Sermon ID | 3813131353 |
Duration | 49:45 |
Date | |
Category | Sunday Service |
Language | Portuguese |
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