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Irmãos, nós vamos terminar hoje o trechinho de 1 Pedro 1, de 17 a 21. Então o Guilherme já está aí com o texto projetado. Os irmãos devem se lembrar que nós estamos vendo aí nesse trechinho cinco informações sobre a redenção do crente. Então você tem A primeira informação no versículo 17, que diz que o crente foi resgatado para uma vida reverente. Em segundo lugar, segunda informação, o crente foi resgatado de uma existência vazia. Versículo 18. Versículo 19, a terceira informação. O crente foi resgatado pelo sacrifício de Cristo. Versículo 20, quarta informação. O crente foi resgatado a partir de um plano eterno. O versículo 20 é onde a gente vai começar a estudar hoje. E versículo 21, a última informação, o crente foi resgatado para viver com Deus. Então essas são as cinco informações aí sobre a redenção, sobre a libertação, sobre o resgate do crente. Então vamos ler o trecho todo que vai do 17 ao 21. E aí a gente vê os últimos dois versículos hoje e encerra esse bloco, tá bom? Então diz assim. Ora, sem invocais como pai, aquele que sem acepção de pessoas julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação. Os irmãos devem se lembrar que nós vimos que esse trechinho aí é o imperativo, é a ordem. Pedro falou, olha, vivam de modo reverente, portem-se com temor durante o tempo que vocês estão aqui. A vida cristã é tratada como uma peregrinação aqui, como uma jornada onde nós somos estrangeiros, nós não estamos na nossa terra. Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prato ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro, sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido com efeito antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos por amor de vós, que por meio dele tem desfé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus." Esse é o trechinho que a gente tem estudado. Nós gastamos bastante tempo nos versículos 17 a 19, porque... Volta lá por favor, Guilherme. Porque os Irmãos Vem que tem vários detalhes que nós precisamos explorar. Então a gente falou da questão da da nossa relação com Deus como uma relação de paternidade, mas também de alguém que vai julgar as nossas ações. Como crentes que somos, nós vamos ser avaliados por Deus pelo nosso desempenho na vida cristã. A gente falou sobre isso. A gente falou sobre o que significa redenção, o que é ser resgatado. É o nome da nossa igreja, Igreja Batista Redenção. O que significa ser redimido, ser resgatado. A gente falou sobre isso. A gente falou a respeito, gastamos bastante tempo falando a respeito do sangue de Jesus. A gente fez alguns mitos, aquelas frases de efeito sangue de Jesus tem poder, aquela coisa toda, tá amarrado no sangue de Jesus. A gente fez todos esses mitos aí e explicamos o que é o sangue de Jesus, que é uma referência a sua morte, a sua morte violenta. Ela que no sal. Não é o sangue de Jesus que tem alguma célula especial, uma célula divina. Não. Não é uma hemoglobina cristológica. Não. O sangue de Jesus é um sangue como o nosso. Tem que ser como o nosso. Pra ele morrer como substituto em nosso lugar. Então nós fizemos bastante coisa e por isso a gente demorou muito. A gente falou dos sacrifícios do Antigo Testamento, porque Pedro fala que é como o Cordeiro sem defeito. Então ele tá lembrando lá da Páscoa, do Cordeiro Pascal, dos sacrifícios do Antigo Testamento. Então a gente viu muita coisa. E é hoje que a gente vai terminar. A gente vai falar dos versículos 20 e 21 para a gente poder avançar numa outra oportunidade. Então pode colocar os 20 e 21 aí, por favor, Guilherme? Para a gente ver essas duas últimas informações sobre a redenção do crente. No versículo 20, nós temos o seguinte enunciado. O crente foi resgatado a partir de um plano eterno. Facinho de ver isso aí no texto. Então olha lá. Conhecido. Quem é que foi conhecido aí? Cristo, o sangue de Cristo, a obra de Cristo, mas aqui estamos falando de Jesus. É possível que esse trechinho aqui possa ser um hino cristológico. Na igreja primitiva existiam hinos. Como a gente tem hinos hoje, eles tinham hinos lá. Não como o HCC, não é tão assim. Mas hinos que eram entoados, eram enunciados, pronunciados, que os crentes falavam entre si. E é possível que aqui seja um trechinho de um hino cristológico. Tem vários. No Novo Testamento tem vários. No Novo Testamento tem vários desses hinos. Algumas bíblias, quando elas querem destacar que aquilo é um hino da Igreja Primitiva, algo que era recitado na Igreja Primitiva, eles colocam recuo. Então, se você for olhar algumas cartas de Paulo, você vai ver que tem um parágrafo a mais, para mostrar que aquilo era uma poesia, aquilo era um hino cristológico. E aqui, alguns comentaristas dizem que pode ser um trechinho de um hino cristológico. Pode ser isso. como vários outros hinos do Novo Testamento. E, de fato, a temática casa porque ele tá falando da obra de Jesus. E os hinos cristológicos falam sobre isso, falam sobre quem Jesus é e o que Jesus fez. E se os irmãos olharem aí, os irmãos vão ver que esse versículo tem duas ações em dois tempos. Quais são as ações? As ações, nas nossas traduções, elas são indicadas pelos verbos aí. Quais são os dois verbos que aparecem aí? conhecido e manifestado, certo? Então são essas duas ações. E quais são os dois tempos? Essas ações acontecem em algum momento. Quando essas ações acontecem? São dois tempos. Primeiro tempo, quando? Antes da fundação do mundo. Ou a gente vai usar aqui um termo um pouco mais técnico. A eternidade passada. Certo? A eternidade passada porque antes de tudo existir, Deus já existia. Certo? Só Deus existia. Isso desde a eternidade. Mas a eternidade passada, se nós olhássemos daqui pra trás da história, seria infinito pra trás. Por isso que é a eternidade passada. E a outra ação? Quando que ela acontece? No fim dos tempos. E quando é esse fim dos tempos? Aí às vezes causa um pouco de confusão, porque geralmente fim dos tempos a gente pensa que é o apocalipse, coisa lá da frente. Mas fim dos tempos é hoje. Sabia que você já tá vivendo no fim dos tempos já? Você já tá nos últimos dias. Então esse período aí é o nosso período. Mas já era esse período nos dias de Pedro. Últimos dias já estão sendo os últimos dias desde os dias de Pedro. São últimos dias bem longos. É uma fase da história. que é conhecida como Últimos Dias. A gente vai ver isso daqui a pouquinho. Então os irmãos vêm aí duas ações e dois tempos. E a ação é Jesus ser conhecido antes da fundação do mundo, mas manifestado no fim dos tempos, que é o presente. Se os irmãos olharem 2 Timóteo 1, os irmãos vão ver que Paulo usa uma construção semelhante. Esse paralelo que Pedro faz, é um paralelo que aparece também em Paulo. 2 Timóteo 1, 9 e 10. Olha só. Olha aí 2 Timóteo 1, 9 e 10 e me diga. Onde que estão os tempos aí? No versículo 9 é quando? Quando o versículo 9 acontece? Antes dos tempos eternos. Parece antes da fundação do mundo, muito parecido, ou seja, na eternidade passada. E o versículo 10 é quando? Agora quando? agora nos dias de Paulo. E é o dia que a gente está vivendo, os tempos que nós estamos vivendo. Então, olha lá. Que nos salvou e nos chamou com santa vocação, não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos. Quando que a graça foi destinada aos crentes? Quando que os crentes foram... Quando que foi planejado que os crentes seriam alcançados, que os Os pecadores salvos seriam alcançados pela graça de Deus. Quando isso foi planejado? Antes dos tempos eternos, na eternidade passada. E manifestada, essa graça foi manifestada agora pelo aparecimento de nosso Salvador Jesus Cristo. É uma linguagem até parecida, porque fala de manifestada e aqui fala de aparecimento. É uma linguagem até parecida. O qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade mediante o Evangelho." Bonito esse versículo, né? Esse versículo foi pregado no velório da dona digna, a esposa do pastor Pedro. O pastor Pedro que nós oramos, que tirou o estômago recentemente. O pastor Marcos que fez o culto fúnebre, né? E ele pregou nesse versículo. É muito bonito falar dessas verdades num contexto de luto. Porque pra um crente, a gente lembra que Jesus, a obra de Cristo, não só destruiu a morte, de modo que agora a morte já não nos domina, Hebreus fala que nós não vivemos mais no pavor da morte, nós não somos mais escravos do medo da morte, como crentes que somos, Nós temos a garantia de ressurreição, a certeza de ressurreição. Mas não só isso, olha lá. Ele especifica, ele detalha. Trouxe à luz a vida e a imortalidade. Olha que bonito isso. Por meio do evangelho. Então é uma construção parecida, não é? Com o que Pedro faz. Então volta lá pra Pedro, por favor Guilherme. Primeiro a Pedro 1,20. Então é uma estrutura parecida. Mas vamos agora destrinchar aí o versículo 20. Então, ele diz que... ele começa falando da eternidade passada. Então agora a gente vai pegar a nossa lente, a nossa câmera, e a gente vai olhar para antes da criação de tudo. Alguma coisa aconteceu lá atrás. Ele fala antes da fundação do mundo, ou seja, quando só Deus existia e nada mais ninguém além dele existia. O Senhor conheceu a Cristo. E o que é conhecer a Cristo aí? É, você chegar lá e falar, muito prazer, eu sou o Pai, ó o prazer, eu sou o Cristo, legal. Me adiciona lá no Instagram depois, tal. Isso que é conhecer. O que que é conhecer, João? seria ele escolher, ele decidir. Essa é a ideia. Tanto que talvez alguém tenha NVT aí, a nova versão transformadora. A NVT tá como? Como que diz aí o versículo 20 da NVT? Eu acho que a NVT já trouxe essa explicação. Ele foi escolhido. A ideia é essa. Conhecer tem a ideia de escolher. Não é que Deus não sabia de alguma coisa e aí ele tomou conhecimento. Poxa, que legal esse Jesus aí. Não. Conhecer aqui tem a ideia de escolher, decidir. E o que foi decidido aí? Conhecido com efeito antes da fundação do mundo. O que foi decidido? a manifestação, mas tem algo mais próximo ali. Olha, volta pro versículo 19. O que que aparece no versículo 19 aí? O que que aparece no versículo 19? Como que o versículo 19 termina? O sangue de Cristo. Então, o que que foi decidido, planejado, antes de tudo existir? a sua morte. Então, Cristo foi planejado, decidido, escolhido como aquele que viria ao mundo para morrer a morte violenta de cruz. Se os irmãos olharem Apocalipse 13.8, vão ver isso colocado em outras palavras, mas ressaltando isso daí, olha só. Apocalipse 13.8. E adorá laão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro, que foi morto desde a fundação, Como assim Jesus foi morto desde a fundação do mundo? Jesus não morreu dois mil anos atrás, mais ou menos? Como que ele foi morto desde a fundação do mundo? O que isso quer dizer? O que o texto quer dizer na verdade? A sua morte foi decretada e algo que estava planejado com certeza. Esse plano seria executado e de fato foi. Então isso estava determinado desde antes da criação do mundo. A morte dele já estava planejada. Isso iria acontecer. E de fato, quando a gente olha para outros versículos, a gente percebe que o plano de salvação existe desde a eternidade mesmo. Olha só Efésios 1,4. Diga, Josué. Ops! Aqui em Josué, quando fala de desde antes da fundação do mundo, é a ideia realmente de um plano que foi planejado e aconteceu na história. Mas, de fato, a morte de Jesus tem um efeito pra frente e pra trás. Então ela tem um efeito retroativo, por quê? Porque cobriu os pecados, perdoou os pecados de quem veio antes dele. Dos salvos do Antigo Testamento. Os salvos do Antigo Testamento não eram salvos por causa do bezerrinho lá, do cordeirinho que era morto. Eles foram salvos pelo sangue de Jesus. Só que Jesus só morreu depois deles. Então esse sangue tem um efeito retroativo. A morte tem efeito retroativo. E tem um efeito posterior também pra nós. Então isso cabe na nossa teologia da morte de Jesus, da obra de Jesus. Mas parece que a ênfase aqui, quando fala desde antes da fundação do mundo, é a ideia de um plano que foi executado e aconteceu de fato como tinha que acontecer. e tem esses efeitos poderosos. Olha aí, Efélios 1,4. Quando foi que o crente foi escolhido? Quando nenhum de nós existia. Você nem existia, você não era nem um projeto ainda, mas Deus já sabia quem era você, Deus já tinha te escolhido. Nem a criação, nada. Não existia nada ainda. Não existia nada. Imagina fazer um exercício de imaginação agora. Imagina que nós fôssemos seres eternos também. Imagina. Não tem como isso acontecer. É uma imaginação. Imagina que nós somos seres eternos e Deus fala pra nós. Eu vou salvar o Maurício. Você vai falar, quem? Como assim? Quem é Maurício? O que é um Maurício? Porque não existe nada além de Deus. Só existe Deus. Não existe ninguém além de Deus. Eu vou salvar o Júlio. Júlio? O que é Júlio? É de comer? Não. não existia nada nem ninguém além de Deus. Ele, na mente eterna de Deus, ele já sabia o nome de cada um, já sabia o momento da conversão de cada um, já tinha escolhido cada um para viver a eternidade com ele. Lá na eternidade passada, Deus já tinha decretado a nossa eternidade futura. Esse é o plano de Deus. Deus é um senhor planejador, né? A gente não consegue nem planejar o que vai acontecer daqui uma hora, né? Deus planeja desde a eternidade passada o que vai acontecer na eternidade futura. Quando o tempo passar, Deus planejou o tempo e quando o tempo passar, antes do tempo existir. Olha que coisa doida, né? A gente não consegue compreender isso. Mas isso antes da fundação do mundo. Olha aí também Atos 2. Atos 2, 23. Predestinar tem a ver com o decreto de Deus. É colocar no trilho que vai chegar naquela direção. Então predestinar é a ideia de Deus decretar. Deus falou, nós somos predestinados porque nós estamos caminhando para aquilo que Deus decretou, para aquele alvo que Deus estabeleceu. Essa é a ideia. Olha aí o versículo 23, né? Falando de Jesus. Então, você tem o determinado designio que é o quê? Mostra o plano. A vontade de Deus. E a presciência. Olha aqui que interessante. Muita gente vê a presciência de Deus, e aplicam isso ao texto de Pedro, como se Deus somente soubesse das coisas. Então Deus viu o futuro e ele descobriu aquelas informações. Mas com Deus não é assim. Deus sabe do futuro por quê? Quem escreveu o futuro? Ele. Então ele sabe porque ele decretou. Ele sabe porque ele escreveu. Ele não sabe porque ele simplesmente descobriu. Senão, não seria o seu desígnio. Não seria o seu plano. Seria algo que ele falou, poxa, olha que legal isso que aconteceu. Curioso isso. Agora eu estou sabendo, não é assim? Deus sabe porque ele decretou. Então é a mesma coisa com a nossa salvação, com a obra de Cristo. E olha agora o capítulo 4 de Atos, versículos 27 e 28. Atos 4, 27 e 28. Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo servo Jesus, ao qual ungiste Herodes e Pôncio Pilatos, congentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminar. O que é esse tudo que a tua mãe e o teu propósito predeterminaram? Olha para o versículo 27. Quem são as pessoas envolvidas ali? Então você tem Jesus, você tem Herodes, Pilatos, os gentios, as pessoas lá de Jerusalém, né? O que essas pessoas fizeram com Jesus? Condenaram, mataram. E tudo isso, segundo o versículo 28, estava predeterminado. O que isso ensina pra nós? A morte de Jesus foi um acidente de percurso? Aconteceu lá, Deus tinha um plano, mandou Jesus ao mundo, só que aí a coisa não saiu como planejado, né? Os judeus lá ficaram bravos e tal, crucificaram em Deus lá no céu, nossa, mas esse não era o plano, e agora o que eu faço? Deus, Pai, olha pro Espírito Santo, o Espírito Santo falou, não sei, agora... Agora danou-se tudo, não tem mais o que fazer. Nosso plano foi por água abaixo, já era. E Jesus lá, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? E o Deus Pai lá, não sei de nada, não sei. Esse não era o plano, né? Foi isso que aconteceu? Não. Segundo esses textos, tudo já estava determinado. O plano foi executado de modo milimetricamente perfeito, como tinha que ser. Usando todos esses agentes aí. Cada peça do tabuleiro trabalhou como Deus queria que trabalhasse. Cada agente da história fez exatamente o que tinha que fazer pra que a morte de Jesus acontecesse. Pilatos, aquela coisa dele lavar as mãos. Deus tinha determinado que aquilo aconteceria. Os líderes de Israel, bravos com Jesus, Deus tinha determinado o grito, a voz, o ódio de cada um deles pra que, de fato, aquilo acontecesse. Quando a gente olha pra esse aspecto da soberania de Deus, algumas pessoas ficam incomodadas com isso. Porque falam, pera aí, então a minha vida é decretada nesse nível também? Mas quando a gente olha pra essa soberania de Deus na salvação, eu não sei vocês, eu fico aliviado. Porque eu vejo como o nosso Deus é sábio e em sua soberania ele usa toda essa situação pra promover vida. Um Deus soberano, esse nosso Deus soberano, ele tem um plano eterno onde a morte gera vida. Onde a aparente tragédia é uma vitória. Deus sabe planejar as coisas. Deus sabe. Confia nele. Deus é soberano. Ele tem o tempo certo das coisas. Ele sabe o tempo certo das coisas. Ele mexe as peças do tabuleiro do jeito certo. Ele sabe escrever boas histórias. Ele é soberano disso. E ele já tem essa história escrita muito antes de qualquer um de nós existir. Então ele sabe o que ele tá fazendo. Ele sabe o que ele tá fazendo. Não, Deus não é o tempo. Deus está acima do tempo. Aí... Não, não existe eternidade sem Deus. Mas é justamente por isso. Se eternidade fosse algo, se eternidade fosse algum tipo de... alguma coisa paralela a Deus, então a gente teria um problema aí. A eternidade é um atributo de Deus. Deus é eterno. Mas o que é eternidade? Eternidade não é um tempo que não acaba. Eternidade é a ausência de tempo. Nós, por exemplo, nós vivemos na história. E a história tem efeito sobre nós. O tempo tem efeito sobre nós. Olha o Júlio, com as entradas ali. Também, né, Júlio? Aqui, ó. O que pazinho aqui, né? O Júlio tem... O Isaac não dá risada não. O Isaac também tem as entradas aí também. O Puff lá atrás, olha como ele tem que sentar lá atrás. Tem que ficar lá com a coluna para... Por quê? Porque nós sofremos o efeito do tempo. Na eternidade, o tempo não existe. Não existe tempo na eternidade. A gente tende a pensar em eternidade como tempo infinito. Mas eternidade é a ausência do tempo. É por isso que Pedro fala que pra Deus um dia é como mil anos, mil anos como um dia. Por quê? Porque não faz diferença. Pra nós faz. Pra nós faz. Um dia ou mil anos faz muita diferença. Muita diferença. Eu brinco, a Isabela, minha esposa, ela quer porque quer que eu dê um anel pra ela. Ela me pede isso desde que a gente era namorado. Porque no noivado eu não dei um anel pra ela. Parece que a Vivian também. E aí eu falo pra ela, fica tranquila, eu vou te dar um anel. Ela fala, quando? Eu falo, quando a gente completar 10 anos de casamento. Ela fala, não, mas é muito longe. Ela queria pra ontem o anel, porque pra nós o tempo faz diferença. Se eu falar 10 dias ou 10 anos Muda muita coisa. Agora, pra Deus que é eterno, que está acima do tempo, fora do tempo, o tempo não interfere. Não muda quem Deus é. Então, Deus está acima do tempo. Por isso que é um atributo dele. Deus é eterno. Ele está fora do tempo. Ele não é moldado pelo tempo. Ele não sofre os efeitos do tempo. Mas a gente fala de tempo na nossa perspectiva. É por isso que a gente fala de eternidade passada e eternidade futura. Porque da nossa perspectiva, o tempo existe. E vai haver um tempo em que o tempo não vai mais existir. Isso no futuro. Aí vai ser a eternidade futura. Mas desde antes do tempo existir, foi quando Deus planejou tudo isso. Essa é a ideia. Entenderam isso? Papo meio filosófico, né? O tempo do tempo que vai, volta que é eterno e fora do tempo, acima, né? Mas enfim. Mas é isso. Eternidade não é tempo infinito. Eternidade é a ausência do tempo. O tempo não tem efeito. Não há tempo. É isso. Eternidade é isso. Sim? Que os salvos já reinam com Cristo? Eu tomaria cuidado com isso. A gente tem que lembrar que nós ainda estamos na história. Deus, apesar de estar acima e fora do tempo, Deus interage no tempo. Então, nós ainda não estamos reinando. Nós já desfrutamos de bênçãos espirituais que Jesus compartilha conosco por ele estar à destra de Deus. Mas nós ainda não estamos reinando. Então Deus olha pra nós e nos vê na posição que nós estamos. Porque ele, apesar de estar acima do tempo, ele interage no tempo. É a imanência de Deus. Por ser eterno, Deus é transcendente. Mas ele também é imanente. Então ele interage no tempo no momento que nós estamos. Senão a gente vira uma coisa meio... uma coisa meio... sei lá, Deus vê o meu passado, presente e futuro como uma coisa só. Então, às vezes os teólogos tentam explicar desse jeito. Ah, Deus vê o passado, presente e futuro como uma coisa só. É, isso é uma coisa filosófica e tal. Mas eu acho que como a nossa história é uma história linear, O melhor jeito da gente entender isso é que Deus está fora do tempo, não sofre os efeitos, mas ele interage com a criação no tempo. Eu chego até aí. Acho que é seguro falar isso. E olha só que interessante. Tanto não foi um acidente de percurso, a morte de Jesus, que se vocês olharem o capítulo 1 de 1 Pedro, versículo 11, que a gente já estudou, olha só que legal. 1 Pedro 1,11. Olha, falando dos profetas do passado, olha só. Investigando, eles investigavam atentamente qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas indicadas pelo Espírito de Cristo que neles estava ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. Então, os profetas antes de verem a obra de Jesus, eles já sabiam que ia acontecer a morte, os sofrimentos e as glórias. E eles anunciavam, estudavam sobre isso. Então isso mostra que esse plano, de fato, sempre existiu. Tanto que Deus revelou esse plano pros profetas. E eles anunciaram isso pra nós. A Isaías, a Mikeias, foram profetas que investigavam e anunciavam isso pra nós. O texto não é muito claro, a gente não pode especular muito. Quando fala que Abraão viu o meu dia e se regozijou, eu acho que Abraão se regozijou na esperança de um salvador, de um messias, de alguém que resolveria as questões do pecado e tudo mais. Eu acho que era uma promessa mais genérica do que a precisão que a gente tem no Novo Testamento. Tem gente que vai falar que Abraão viu tudo. Abraão viu a cruz, Abraão viu Jesus lá na cruz, Abraão viu a ressurreição. Aí eu acho que é forçar a barra. Eu acho que viu o dia no sentido de ver o Messias. Abraão criou na promessa do Messias. Que o Messias viria. Eu acho que é seguro ir até aí. O resto já ficou um pouco especulativo. Agora, volta lá por favor Guilherme, para o 20 então. Isso tudo aconteceu quando? Quando que essa morte de Jesus foi planejada? Na eternidade passada. Mas tem outro tempo aí, uma outra ação. Então ele foi conhecido como efeito antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos. Então o texto diz que ele foi manifestado, ou seja, ele se revelou de modo visível e concreto. É o auge do plano redentivo. O plano redentivo, o plano da redenção, ele vem sendo desenrolado desde a criação do mundo. Ele foi planejado desde a eternidade passada e ele vem se desenrolando. Qual é a primeira referência do plano da redenção na Bíblia? Qual é a primeira referência? Gênesis do quê? 3.15, é o Proto-Evangelho. Lembra? Que a descendência da serpente, né? Morderia o calcanhar, mas a descendência da mulher pisaria na cabeça da serpente. É o Proto-Evangelho. Evangelho embrionário. E esse plano vai se desenrolando desde então. A grande pergunta ali de Gênesis, dos Toledotes, daquela coisa toda das genealogias, é o quê? Quando que essa semente vai chegar? Quando que esse descendente prometido chega? Será que é Abel? Hum, não é Abel. Será que é Noé? Hum, não é Noé. E vai indo, vai indo. Quem é? Termina Gênesis? E a gente não sabe. Será que é Moisés? Entra Êxodo. Hum, não é Moisés. E a história do Antigo Testamento vai se desenrolando assim. E o fio desse Proto-Evangelho, ele começa como uma fontezinha de rio. Já viu como é fonte de rio? Já viu a fonte do Tietê? Qual o tamanho da fonte do Tietê? É minúscula, é pequenininha. Mas a história da redenção começa lá em Gênesis 3.15 como uma fonte pequenininha. Mas ao longo do Antigo Testamento ela vai crescendo. E aí vira um riozão grandão e vai caminhando, vai serpenteando aí pela história do Antigo Testamento. Então, essa história vai se desenrolando. E o auge dessa história é quando Jesus vem ao mundo, o próprio Deus encarna, habita corporalmente no meio dos homens a quem ele veio salvar, morre na cruz e ressuscita. Esse é o auge. Isso é o auge. Tanto que o autor de Hebreus fala, né? No passado Deus falou de muitas maneiras, de muitas formas, mas nos últimos dias tem nos falado pelo Filho. Ou seja, agora é o auge. É o ápice. É o pico da autorrevelação de Deus e da revelação desse plano. Tiago? Isso. Sim. plenitude dos tempos lá de Gálatas 4, eu vou chegar lá daqui a pouquinho, a gente vai ler esse texto. Essa expressãozinha a gente poderia fazer uma tradução livre, uma paráfrase, como sendo no momento certo, no timing certo, na hora certa. Então é um pouco diferente tecnicamente dessa expressão aqui. Essa expressão aqui, fim dos tempos, ela é sinônima de últimos dias, última hora que aparece no Novo Testamento. Mas daqui a pouquinho eu falo dela. Mas a ideia é essa daí. A encarnação de Jesus inaugura um novo momento, uma nova etapa da história. Que é o auge. Que é o ápice. Então olha aí o que diz Hebreus 9, 26. Dá uma olhada aí. Hebreus 9, 26. Então foi planejado lá atrás, mas se revelou de modo concreto e visível naquele momento histórico lá. No tempo e no espaço. A morte de Jesus, a vida, a obra de Jesus, a ressurreição dele, não acontece no vácuo. A gente às vezes pensa que esses eventos todos aconteceram numa realidade paralela. Parece que é uma história, um filme da Marvel. Não. Aconteceu no tempo e no espaço. E olha o que diz Hebreus 9, 26. Neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. O autor de Hebreus fala que Jesus não é como os sacerdotes da antiga aliança, que precisavam ficar ano após ano oferecendo sacrifícios. Ele fala, não. Jesus ofereceu sacrifício uma vez só. Por quê? Ele se ofereceu como sacrifício. Pra nesse momento histórico, nesse ápice revelacional do plano de Deus, na execução do ponto alto desse plano de salvação, ele aniquilasse o pecado. Os efeitos do pecado, a culpa do pecado. dando a promessa, a certeza de que um dia nós seremos livres do pecado de modo completo e tudo mais. Então aqui é o auge da história. Quando a gente lê lá nos evangelhos a morte de Jesus, as palavras de Jesus ali, nós estamos olhando para o ápice da história. Aquele momento é o divisor de águas da humanidade. Não só pelo que aquilo representa, porque quem crê na morte de Jesus é salvo, e quem não crê na morte substitutiva de Jesus é condenado, não só pelo que ela representa, mas historicamente aquilo é um divisor de águas. Aquilo mudou a história, aquele momento. Porque é o auge, é o ápice, é o ponto alto desse plano. É como um filme que começa lá, aquela parte meio lenta do filme, vai apresentando os personagens, aí você tem alguns altos e baixos, mas chega uma hora que você fica na beira da poltrona, você fala, é agora. É agora, é agora. E aí aquela música... aquela música alta vai tocando, as trombetas tocando, o telão fica com aquelas cores lá. Por quê? Porque é o ponto alto da história. É a morte de Jesus. É isso aqui. Então, às vezes é triste porque a gente acaba olhando pra esse momento da história de modo muito banal às vezes, não é verdade? Às vezes a gente olha de modo um pouco banal, a gente perde um pouco a grandeza daquele momento. É um momento singular da história. Deus está sangrando. Deus morreu. Deus se doou por inimigos dele. É uma coisa que a história nunca viu e nunca verá. Só naquele momento da história isso aconteceu. Então é muito grandioso. É muito magnífico isso. Tinha levantado a mão, João? Sim. Todas as culturas têm como uma herança de Adão e Eva, que foi passada de geração em geração, tem uma expectativa de um Messias. Toda cultura tem isso. Toda cultura tem esse ápice. Quando é que isso vai acontecer? Toda cultura tem. E Jesus é esse ápice verdadeiro, que de muitas culturas se perdeu. Mas Jesus é esse ápice aí. Um parênteses aqui. Quando você olha pra esse versículo, volta lá por favor, Guilherme, pra 1 Pedro 1,20. Quando você olha pra esse versículo aí, você vê que Jesus foi escolhido antes da fundação do mundo, mas foi manifestado no fim dos tempos. Esse verbo manifestado é interessante, porque fala que Jesus foi criado no fim dos tempos, Não. Fala que ele foi manifestado. Ou seja, antes dele ser revelado na sua encarnação, ele já existia. Tanto que o plano foi traçado com ele. E isso fala sobre a doutrina da pré-existência de Cristo. Já viram falar disso? Da doutrina da pré-existência. O que é a pré-existência de Cristo? É que Jesus, por ser Deus, ele sempre existiu. Jesus passou a existir quando ele nasceu. Não. A encarnação não é o início da história de Jesus. É o início da encarnação de Jesus. Mas antes de ser Deus-homem, Jesus sempre foi Deus. Ele sempre existiu. Então, é até oportuno a gente estar falando disso agora, nessa época do ano, porque começam aquelas músicas, aqueles textos natalinos, né. Então, o que diz Micéia 5.2? Abre lá, por favor, Guilherme. Micéia 5.2. O que significa ter origem na eternidade? que significa que ele sempre existiu. Se eternidade é não ter tempo, então ter origem lá significa que sempre existiu. Olha Isaías 9,6. Outro texto natalino também, né? Isaías 9,6. Porque o menino nos nasceu, um filho se nos deu, o governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será maravilhoso conselheiro, Deus forte, pai da eternidade. Ou seja, ele é eterno, ele sempre existiu. João 1. João 1, de 1 a 3. Texto clássico esse. João 1, de 1 a 3. No princípio era o verbo. Por que verbo aí, né? Porque Jesus gostava de gramática, é isso? Não. Por que verbo aí? Verbo, palavra, né? Por quê? A palavra aí é logos, mas não tem tanto a ver com a sabedoria do conceito dos gregos. Isso é um paralelo que foi feito na história da igreja, mas eu acho que é um paralelo que não atende a hermenêutica aqui do texto. Não, não. Aqui o título verbo ali não tem a ver com eu sou. É Jesus. Mas por que é Jesus? Por que Jesus se chama de verbo aqui? Tá associada a pré-existência pelo contexto. Mas o que tem a ver Jesus com verbo? Ah, isso. É só você olhar pro contexto, ó. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle. Sem Ele nada do que o Feito fez. Como Deus criou tudo? E Deus disse, haja luz. Então, a palavra de Deus é uma palavra poderosa. E mais, vocês devem lembrar que no Antigo Testamento, quando Deus falava por meio dos profetas, era a palavra dele, que também era poderosa. Então, quando fala que no princípio era o verbo, tá falando de um agente. No princípio eu era aquele que fazia as coisas, que agia, que trabalhava ali ativamente fazendo tudo. O que ele fazia? O texto fala. No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus. Você já sabe que esse agente, esse agente divino, ele é Deus. Ele não foi criado. Ele é o próprio Deus. Ele estava no princípio com Deus. Como que é princípio aqui? Como que é o princípio? Não é eternidade. É Gênesis 1 lá. No princípio criou Deus, Céus e a Terra. Tá lá, no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele. Ou seja, ele foi o agente. É como se ele fosse o mestre de obras da criação. Aqui é curioso, porque lá em Gênesis, a gente não tem uma distinção muito clara sobre o que cada pessoa da Trindade fez na criação. Mas aqui no Novo Testamento, a gente tem uma luz um pouco mais forte aqui. A gente sabe que Jesus, o próprio Jesus, trabalhou ativamente na criação. Ele foi o agente, o mestre de obra da criação. Ele colocou a mão na massa criando. Não ficou só o Deus Pai trabalhando, o Deus Espírito e Jesus lá, o Deus Filho, olhando só. Legal, gostei dessa ideia. Não. A trindade toda trabalhou na criação. E aqui Jesus foi esse agente criador, com uma palavra. Sim, irmão Black. Parece que é essa a ideia, né? Parece que é essa a ideia. Quando Deus deu o comando e o agente que executou isso foi Jesus. Parece que é isso que o texto está falando. Porque fala, ó, todas as coisas foram feitas por intermédio dEle. Ele é o agente disso. E sem Ele, nada do que foi feito se fez. E olha aí também o que diz Colossenses 1,17. Ele é antes de todas as coisas, falando de Jesus, né? E nele tudo Subsiste. Ele é o criador e o sustentador de todas as coisas. E aí agora entrou o versículo que o Ed falou. Olha aí João 8,56. Foi o Ed que falou do Eu Sou? Você que falou isso? Olha aí João 8,56 a 58. Olha só. Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia. e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus. Ainda não tem cinquenta anos e viste a Abraão? Respondeu-lhe Jesus. Em verdade, em verdade, vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou. Ah, os judeus ficaram doidos com isso, né? Porque eles entenderam, né? Jesus não completou. Eu sou o quê? Ele falou, não, eu sou. Eu sou o quê? Peraí, é o título, né? É o título divino. Pra quem Deus disse, eu sou? pra Moisés, né? Eu sou me enviou. Essa era o que Moisés deveria falar, né? E aqui Jesus fala, antes que Abraão existisse, vocês se gabam por serem descendentes de Abraão. Vocês se acham os tais por serem filhos de Abraão. Deixa eu falar, eu sou maior que Abraão. Porque antes que Abraão sequer existisse, eu já era, eu sou. Quando ele falou isso, os judeus ficaram doidos. Porque eles entenderam, ao falar isso, o que ele tava querendo dizer? Ele tá falando que ele era Deus. Ele era Deus. Então os judeus ficaram doidos, doidos, doidos com isso. Agora, tudo isso então mostra, todos esses textos mostram, apontam pra essa questão da presistência de Cristo. E existem grupos que se dizem cristãos? Existem seitas cristãs que negam a divindade de Jesus? Dá um exemplo. os testemunhas de Jeová. Se você entrar lá no site dos testemunhas de Jeová, eu entrei lá pra conferir, né. Eles falam lá, ó, Jesus não é Deus. Ele foi a primeira criatura que Deus criou, a mais poderosa, mas Jesus não é Deus. É. Em João 1 eles falam, no princípio era o verbo, o verbo estava com Deus e o verbo era como um Deus, o verbo era um Deus. Só que isso daí eles falam, mas aqui no grego tal, só que isso daí é uma falácia exegética lá, porque as regras gregas apontam que ali não é um Deus, como se fosse um entre vários. Ali é Deus mesmo. Jesus é Deus. É isso que o texto está falando. Mas eles usam essas traduções erradas para distorcer a divindade de Jesus. Para tirar a divindade de Jesus. Eles falam que Jesus não é Deus. Jesus é um ser criado. Muito poderoso. O mais poderoso. Mas ele não é Deus. Agora, todos esses textos mostram que Jesus é de fato Deus. E negar a divindade de Jesus tem alguma implicação para a nossa salvação? Se Jesus não é Deus, a gente não é salvo. Por que a gente não é salvo se Jesus não é Deus? Porque o sacrifício de Jesus, então, não foi infinito. Jesus não poderia morrer por todos nós. Não apenas Ele não poderia morrer por todos nós, como na verdade, a ênfase, o que eu quero dizer, é que Ele não poderia ter pago a dívida infinita. Porque a nossa culpa era infinita. A criatura é limitada. Pode pensar um anjo. O anjo é uma grande criatura de Deus? É. Mas o anjo é infinito? Não. Ele foi criado, ele é limitado, ele tem limitações. Então a morte de um anjo teria um efeito limitado. A mesma coisa numa morte nossa. Nós somos criaturas, é algo limitado. Agora, quando o próprio Deus morre, qual é o tamanho dessa morte? Infinito. E paga uma dívida infinita. Então isso é muito importante. Mas legal, volta lá então. Obrigado Guilherme. Vamos fechar o parênteses aí. Olha aí agora a expressão que o Tiago destacou. Então ele foi conhecido com efeito antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos. Essa expressãozinha aí, ela é sinônima de últimos dias, última hora, e é uma expressão que se refere ao momento que a gente está desde a encarnação de Jesus. Então é um período da história que começa no nascimento de Jesus e vai até o seu retorno. Esses são os últimos dias. O que acontece depois do retorno de Jesus? O que vem depois disso? Vê o seu reino. Primeiro numa fase terrena, o milênio, depois ele se prolonga pra eternidade, mas é o reino dele. Então agora nós estamos às vésperas desse momento final da história. Nós estamos nos últimos dias porque logo mais nós estamos na iminência do próprio rei, do deus homem, voltar ao mundo e reinar aqui, daqui pra eternidade. Então são os últimos dias. Então essa é a ideia aqui. E essa expressãozinha, ela é usada no Novo Testamento para mostrar a depravação, a malignidade do período que a gente vive. Por exemplo, lá em 1ª Timóteo 4, 1ª Timóteo 4.1 diz, nos últimos dias virão, abre aí por favor Guilherme, 1ª Timóteo 4.1. Olha aí as características dos últimos dias. 1 Timóteo 4, 1. Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé por obedecerem a espíritos enganadores, a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e têm a consciência, tem cauterizado a própria consciência, que proíbem o casamento, exigem a abstinência, ele continua descrevendo os nossos dias aí. Nós estamos nos últimos dias e esses últimos dias são caracterizados por isso. Desde quando isso acontece? desde os dias dos apóstolos. Então muita gente fala, nós estamos nos últimos dias mesmo, né? É verdade, mas isso aí já faz dois mil anos já. Não é que agora tá pior. Nossa, chegou num nível nunca imaginado. Não, tudo bem. Tem coisa que hoje a gente olha e vai falar, não, realmente isso aqui tá pior, né? Mas nós não estamos nos últimos dias porque hoje tá pior. Nós estamos nos últimos dias porque esse é o momento da história que antecede a volta de Jesus. É por isso. O pastor Paul Shirley, que veio aqui na igreja, tem nos ajudado lá com o seminário, um amigo nosso lá, dos Estados Unidos, ele diz assim, né? Não existe nada novo debaixo do sol, mas existem pecados que por estarem muito tempo embaixo do sol fedem mais. E é verdade. Então os nossos dias é o que? Tem os mesmos pecados muito tempo debaixo do sol. E aí vai fedendo mais. Então nós estamos nos últimos dias há muito tempo, há muitos anos. E é claro que com isso o pecado vai aflorando. O pecado sempre aflorou. Quer dizer que o pecado vai assumindo contornos diferentes, expressões diferentes. Mas isso não é uma prova de que agora, na última década, são os últimos dias. Não. A gente está nos últimos dias há dois mil anos. Rapidinho, João. Ali e depois ali. Exato. coisa que antigamente não via. É igual o pessoal falar, mas pornografia, essas coisas todas. Esses pecados já existiam antes. Só que não era dessa forma. Como que o homem era imoral? Ele ia num bordel, ele traía a esposa, ele via as meninas, as mulheres tomando banho em lugares ali onde geralmente as mulheres se banhavam, era assim. Agora, hoje em dia, a imoralidade assumiu outras expressões. É a pornografia no celular. Até um tempo atrás era a pornografia na revista. Mas é o mesmo pecado. Só que assumiu novas formas de se concretizar. É isso. Esses são os últimos dias que nós estamos vivendo com essas marcas aqui. Mas não é que agora nós chegamos num ponto que, nossa, agora sim são os últimos dias. A gente já está nos últimos dias há muito tempo. E João, ele fala em Apocalipse, em primeira João, que uma marca dos últimos dias são os anticristos. Os anticristos com a minúscula. Tem o anticristo com a maiúscula, que ainda não existe. Pode ficar tranquilo que não é o Trump, O falso profeta não é o Elon Musk, pode ficar tranquilo que tá tudo certo, compra lá o robô da Tesla, não tem problema. Pega lá o chip do Elon Musk, não é a marca da besta, vai de boa. Mas ele fala dos anticristos com a minúscula. Que são? São aqueles que negam que Jesus veio em carne. São os falsos mestres. E existem falsos mestres hoje também. já existiam na época e existem hoje. E por isso que a gente está nos últimos dias. Entendeu a expressão então, Tiago? Entendeu a expressão? Então essa é a ideia aí. E aquele texto que o Tiago citou, que é Galatas 4-4. Coloca lá por favor, Guilherme. Galatas 4-4. Olha aí. Vindo, porém, à plenitude do tempo, aqui não é ideia de últimos dias ou último tempo, aqui é outra coisa. Vindo, porém, à plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. O que é plenitude do tempo ali? É o tempo certo, é o tempo exato. Tem um historiador, um escritor da história da igreja, acho que é o Philip Schaaf, acho que é assim que se fala o nome dele, que ele defende, ele foi quem organizou, se não me falha a memória, essa tese de que a plenitude do tempo, o momento certo em que Jesus veio ao mundo, foi a soma de vários fatores. Porque muitas pessoas falam, por que Jesus não veio hoje que tem internet, tem tiktok, né? Sei lá, imagina Jesus transformando algo em vinho no tiktok, né? Ia ganhar vários seguidores, né? Por que Jesus não veio hoje que tem whatsapp, né? Pensou se tirando uma selfie com Jesus, mandando, por quê? Será que hoje não seria muito mais potente? Será que não seria muito mais... propício e assim, um alcance muito maior, o Philip Shapps fala que não. Ele é mais antigo, ele nem sabia de WhatsApp quando ele escreveu isso. Mas ele fala que o tempo que Jesus veio foi na plenitude por vários fatores que foram se acumulando até que chegasse o momento perfeito. Então ele lista três fatores, ele lista três povos. Ele fala do povo grego, Ele fala do Império Grego, que toda a cultura do Império Grego deu ao Novo Testamento, por exemplo, o idioma. O Novo Testamento foi escrito em grego, que era uma língua universal da época. Todo mundo antigo da época falava grego. Então, é como se hoje talvez fosse o inglês. Todo mundo falava. maior do que o inglês. Porque era todo mundo civilizado, da época falava grego. A gente está falando de quem escreveu o Novo Testamento, por exemplo, Pedro, que a gente está estudando, eram pescadores. Você não vê um pedreiro falando inglês, mas você vê um pescador falando grego. Exato. Então você tinha uma mesma língua. Além disso, além do Império Grego, ele fala também do Império Romano. Porque o Império Romano deu todo o ambiente político, todo o ambiente social e toda a infraestrutura pra que o cristianismo se espalhasse. As estradas romanas, a paz romana. Coisa que hoje em dia, você não tem uma paz tão consistente como você tinha no Império Romano. E o terceiro povo que ele fala é o povo judeu. Porque com as diásporas, com o espalhamento do povo judeu pelo mundo antigo, vários lugares do mundo antigo tinham conhecimento de um único Deus verdadeiro e tinham a promessa do Messias. Então quando chegou lá, ah, Jesus é o Messias, peraí, eu já ouvi falar alguma coisa assim desse povo que tá no nosso meio aqui. Então a soma desses três fatores, o Philip Sharp fala assim ó, isso representa o momento exato. Jesus veio naquele momento porque se fosse antes ou depois, não ia ter o mesmo impacto que teve. Eu gosto disso. O que vocês acham? Faz sentido? Relógio aquático? Aí é coisa do Aquaman, aí não sei não. Relógio aquático ou qualquer outro. Não conhecia essa analogia. Mas que seja o relógio aquático, subatômico, espacial, enfim. A ideia é o momento certo, preciso. Diga Maurício. Então, muito bonito isso. Deus não foi nem adiantado, nem atrasado. Deus fez as coisas no momento certo. Deus sempre age no momento certo. Deus não faz assim na nossa vida também, no momento certo? É que às vezes a gente não vê, né? A gente não percebe o timing de Deus. Mas Deus tem o tempo certo pra tudo. Ele enviou o seu filho no tempo certo. E aí pra gente terminar o versículo 20, a gente não vai terminar esse trecho hoje. Já estou às sete quartas-feiras tentando terminar esse trecho, mas não dá, né? Então a gente vai terminar só o 20 hoje. O texto termina falando, por amor de vós. Então tudo isso aconteceu Por amor de vós. Olha só que interessante. Tudo isso aconteceu pra glória de Deus? Sim. Tudo isso aconteceu pra mostrar a justiça de Deus? Sim. Tudo isso aconteceu pra mostrar a ira de Deus contra o pecado? Sim. Mas tudo isso também aconteceu por? Aqui tá traduzido por amor, mas eu não sei se alguma tradução tá diferente. Mas não tem amor no grego. Como que tá? Por causa de vocês. É isso. Aqui a tradução colocou por amor pra dar uma enfeitada. Mas aqui não tem esse por amor no grego. A ideia é por causa de vocês. Tudo isso aconteceu por causa de vocês. Então, veja só o que a gente acabou de falar. Um plano eterno se concretizou no momento certo por causa de você. Pra beneficiar você. Isso é um privilégio pequenininho, desprezível? Meu Deus, é um privilégio imensurável. Um plano eterno foi escrito pra me salvar. Um plano eterno. Eu nem existia. Mas o Deus fala, por causa de vocês, pra beneficiar vocês. Aqui, parece que Pedro muda o foco, porque até então ele tá falando de quem? De Jesus. Mas agora ele pega o foco e ele fala, tudo isso que Jesus fez, ele fez e ele muda o foco de luz. Ele fala, foi por causa de vocês. Isso era importante pros leitores de Pedro? Eles eram perseguidos, eles eram desprezados, eles eram zombados, eles eram humilhados. Era importante pra eles saber que um plano eterno foi colocado em movimento pra beneficiá-los? Poxa, eu acho que ser crente vale a pena, né? Eles deveriam pensar, eu acho que ser crente é uma coisa que... Vale a pena receber a zombaria das pessoas. Vale a pena ser escarnecido, humilhado, zombado. Vale a pena ser desprezado. Vale a pena perder a oportunidade de emprego. Vale a pena eu ser rejeitado por algo. Vale a pena. Porque essas pessoas, elas não fizeram nada por mim. Agora, o Deus Eterno escreveu lá atrás na história, quando nada existia, Ele escreveu o meu nome e falou, eu quero que Ele more comigo pra eternidade. E eu vou providenciar tudo o que Ele precisa pra isso. Isso encoraja aqueles leitores ou não? Isso nos encoraja hoje ou não? Então aqui isso mostra um aspecto pessoal da salvação. Até então a gente estava olhando em termos universais. Agora a gente olha em termos pessoais. É a minha vida. É a minha história, que foi escrita desde a eternidade. Muito bonito isso daí. Muito encorajador. Então isso daí, essa é o quarto, a quarta informação da redenção do crente. O crente foi resgatado a partir de um plano eterno. Muito bonito isso tudo aí. E por hoje é só. Numa próxima ocasião a gente fala aí do último ponto, que é o versículo 21. Aqui também tem algumas coisas aí pra gente destacar. Vamos orar então pra terminar? Santo Deus, obrigado porque essas verdades, nos nove a um viver grato ao Senhor. Nos movem a amá-lo mais. Nos movem a confiar no Senhor. O Senhor é o Deus eterno, que escreveu a nossa história, que escreveu esse plano de redenção e que fez com que cada detalhe se cumprisse e ainda venha a se cumprir. Nós louvamos ao Senhor porque a história não depende de nós, A nossa salvação não depende de nós. A sustentação da nossa salvação não depende de nós. Mas o Senhor arquitetou e executou todo esse plano pra nos salvar e garante a nossa salvação. Obrigado porque isso aconteceu pra sua glória, é verdade. Como Efésios fala, tudo isso para o louvor da sua glória. Obrigado porque isso aconteceu pra mostrar a sua justiça. Obrigado porque isso aconteceu pra mostrar a sua ira contra o pecado. Mas isso também aconteceu por amor. Isso também aconteceu pra colocar em real, sem destaque, a sua preocupação, o seu amor por nós, pelas suas criaturas. Obrigado por isso, nós não merecíamos isso. E que isso nos encoraje a receber a zombaria, a aguentar o escárnio, a suportar o desprezo, confiantes de que esse plano que foi executado lá na eternidade passada, irá caminhar até a eternidade futura, de modo que nós passaremos toda a eternidade ao lado do nosso Salvador, que morreu na cruz para nos salvar. Se há alguém aqui que ainda não crê nessa mensagem de salvação, que ainda não crê no Evangelho, que ainda não viu o seu nome escrito nesse plano eterno, nós pedimos que o Senhor toque no coração dessa pessoa. para que essa pessoa tenha os olhos da fé e consiga enxergar isso. E em nome de Jesus, o nosso Salvador, que nós oramos agradecidos. Amém.
A redenção e a conduta reverente (Parte 7)
Series 1 Pedro
Sermon ID | 122242342506257 |
Duration | 1:00:50 |
Date | |
Category | Sunday School |
Bible Text | 1 Peter 1:17-21 |
Language | Portuguese |
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